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COLUNA OPINIÃO DE PRIMEIRA- Ou tratemos das paz ou o que vem por aí pode ser muito pior do que todos nós poderíamos imaginar

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 OPINIÃO DE PRIMEIRA - DOMINGO - Por Sérgio Pires

 

Dias de tensão no país, em que a corda está sendo esticada ao máximo e, caso arrebente, pode significar algo muito grave no contexto da ainda incipiente democracia brasileira. A situação chegou neste ponto muito por culpa dos que, durante os quatro anos do governo Bolsonaro, não aceitaram a derrota nas urnas e transformaram a administração dele num verdadeiro inferno. Todos sabemos o que e quem o fez. O drama chegou neste nível também por culpa do ativismo judicial, por culpa da maioria dos membros do STF e, especialmente, do ministro Alexandre de Moraes, que extrapolou suas funções inúmeras vezes, quase sempre apoiado por praticamente todos os seus companheiros, culminando com essa desnecessária suspeita de que as eleições possam ter sido fraudadas, palavra que, aliás, os ignorantes e preguiçosos, que não gostam de aprender, escrevem “fraldadas”. Não se pode esquecer também a culpa da grande mídia, que destruiu o verdadeiro jornalismo no país, tornando-o partidário e ideológico e, pior que tudo, resultando na descrença total de muito mais das metade dos brasileiros, sobre o que se lê, se ouve e se assiste. As multidões nas ruas exigem intervenção militar, algo absolutamente desnecessário e inconstitucional, mas seus protestos até podem ser compreendidos, embora mereçam críticas, porque essa parte importante da população teme a chegada de um sistema de governo parente da Venezuela, por exemplo, que, em poucos anos, pode destruir nosso país. Aqui e ali ainda existem algumas posições de bom senso, mas, na maioria dos casos e, nos dois lados, o que se escuta é que o confronto está piorando e pode chegar a explodir, de tal forma que se torne incontrolável.

Nesse momento, ajudaria muito se os ministros do STF se calassem e voltassem a respeitar a Constituição, só tratando do que lhes diz respeito dentro do que manda nossa Lei Maior. Ajudaria muito se o presidente Bolsonaro voltasse às mídias, para pedir calma e paz. Ajudaria demais se o presidente Lula, recém eleito, se pronunciasse, garantindo que fará um governo para todos e que a venezuelização do nosso Brasil jamais fará parte dos seus planos. Ajudaria muito se o Ministério Público Federal aplacasse sua ânsia de exigir punições, multas e prisões, até porque ameaçar que vai punir, que vai investigar, que vai mandar prender os que protestam, não vai ajudar em nada a acalmar os ânimos, até porque não há cadeia para tanta gente. A menos que todos esses entes queiram mesmo que se quebre o sentimento pacifista do brasileiro; a menos que prefiram o confronto com consequências que ninguém pode imaginar quão terríveis poderão ser; a menos que haja bom senso e um pouco de equilíbrio de todos os lados, é bom que nos preparemos para o que vem por aí. E o que vem pode ser muito pior do que todos imaginamos!




O POVO SE MOBILIZA: POR AQUI, PASSEATA NO SÁBADO E PARALISAÇÃO GERAL NA SEGUNDA-FEIRA

Fechar rodovias não é legal. É inconstitucional e é um método parecido ao usado pela esquerda em todas as suas manifestações. Embora pacíficas, ao contrário dos protestos dos seus adversários, as manifestações que tiram o sagrado direito de ir e vir têm que acabar. Mas todo o mais é correto. As ruas, as praças, a frente dos quartéis, tudo é do povo e pertence a ele. Por isso, só se pode aplaudir o que estão fazendo milhares e milhares de brasileiros, senão milhões, que estão nas ruas, protestando, exigindo explicações do STF e TSE sobre as eleições e contra a eleição de Lula. Apesar do exagero de se pedir intervenção militar, desnecessária, até porque o próprio povo pode mudar seu país, com a sua força e resistência nas ruas, todo o restante é válido. Em Porto Velho, por exemplo, neste sábado, houve uma carreata gigantesca, passando por várias ruas da cidade. Nesta segunda-feira, haverá uma paralisação geral, igual ao que vai acontecer em todo o Brasil. Tudo em paz, sem exageros, sem destruir, mas apenas mostrando a força da família e dos direitos do cidadão. O rondoniense e o brasileiro estão dando seu recado. Tomara que ele seja ouvido, antes que as coisas desandem.

 

  

PREFEITURAS: MARIANA, LÉO, VINICIUS E FÁTIMA NA CAPITAL; LINDOMAR GARÇON EM CANDEIAS DO JAMARI

Fecham-se as urnas numa eleição e começa a outra, mesmo que daqui a dois anos. Em algumas cidades, o tema já está na pauta, embora, claro, muito embrionário. Em Porto Velho, por exemplo, já há nomes sendo postos, claro que só em conversas informais e nos bastidores, até porque os próprios citados repetem o refrão de que “é muito cedo ainda!”. A primeira candidatura foi comentada publicamente pelo atual prefeito, Hildon Chaves. Trata-se da deputada federal Mariana Carvalho, que concorreu ao Senado, fez mais de 265 mil votos, mas não se elegeu. Mas não se pode esquecer, desde já, que há pelo menos dois outros políticos com grande potencial de votos na maior cidade do Estado: Léo Moraes, que concorreu ao Governo e o professor e advogado Vinicius Miguel, que tentou uma cadeira na Câmara Federal. Fátima Cleide não pode ser esquecida neste pacote, na medida em que tem grande proximidade com o presidente Lula, que assume o poder no país em janeiro. Já em Candeias, o ex-prefeito da cidade e ex-deputado federal Lindomar Garçon é, até agora, o nome mais quente colocado como uma candidatura certa para voltar ao poder na cidade que o lançou para a vida pública.

 

ROCHA COMEÇA A PENSAR NA SUA EQUIPE PARA O NOVO MANDATO, COM MUITOS NOMES PERMANECENDO ONDE ESTÃO

Outro tema que começa a fazer parte das análises políticas é a montagem da nova equipe de governo de Marcos Rocha. Haverá mudanças sim, mas vários nomes permanecerão onde estão ou, caso troquem de função, serão mantidos no primeiro escalão. O que se tem ouvido (e o próprio Governador tem dado claros indícios sobre o tema) é que Júnior Gonçalves será mantido no comando da Casa Civil. Sua contribuição ao governo e à reeleição não podem ser esquecidas. O trabalho de construção política também não. Claro que a primeira dama Luana Rocha continuará comandando a ação social, até porque planeja, além dos vários programas já criados, ampliar o que está funcionando e buscar novos apoios aos que mais necessitam do apoio do Estado. Para a Educação, há grande possibilidade do retorno do professor Suamy Vivecananda, que fez grande sucesso durante o comando da Seduc, mas, até agora, essa hipótese não foi confirmada oficialmente pelo governador reeleito.

 

SAÚDE E CONSTRUÇÃO DO NOVO HOSPITAL DE PORTO VELHO ESTÃO ENTRE AS PRIORIDADES

Há ainda, claro, muito mais dúvidas do que certeza, neste pacote de assessores de primeiro escalão, num governo que tem a obrigação de ser melhor do que no primeiro mandato, até porque agora não há mais a pandemia para atrasar todos os projetos e investimentos. Mas há sim, algumas perspectivas perto do concreto. Na área da segurança pública, ao menos por enquanto, deve continuar o coronel Vidal, que, pouco tempo depois de empossado, deu respostas altamente positivas. E na saúde? Uma das áreas mais sensíveis da administração, ainda não tem nome preferido. Há quem diga, nos bastidores, que o sonho de Rocha seria Mariana Carvalho, mas não se sabe se há alguma verdade nisso. A saúde tem sido o calcanhar de Aquiles do governo e Rocha pretende dar a ela atenção especial. Além disso, é neste setor que está a menina dos olhos do Governador ele quer ver concluído, nos próximos dois anos e meio, toda a obra do Hospital de Urgência e Emergência de Porto Velho. Para o DER, deve ser mantido Elias Rezende, que concorreu a deputado federal, mas não se elegeu. É certo que Evandro Padovani não retorna à Agricultura. Não se ouviu, até agora, quem poderia ser o substituto.

 

COMANDO DA ASSEMBLEIA JÁ ESTÁ NA PAUTA. REDANO É UM DOS NOMES MAIS CITADOS

Quem vai presidir a Assembleia Legislativa a partir de fevereiro do ano que vem, quando terminar a gestão vencedora do reeleito presidente Alex Redano? O que se ouve nos bastidores é que é o próprio Redano, o principal nome para continuar no comando do Parlamento, ao menos por mais dois anos. Um dos parlamentares que mais atuaram na busca da reeleição de Marcos Rocha e parceiro de primeira hora do Governador, ele é um dos que mais têm sido apontados como líder de um terceiro mandato de dois anos, entre 2023 e 2025. As conversas já começaram. Outro nome importante no pacote de possíveis pretendentes à função é o da deputada de primeiro mandato Ieda Chaves, uma das mais quentes candidaturas ao posto. Pode acontecer que ambos entrem em acordo, ficando dois anos da Presidência para cada um, como ocorreu na atual legislatura, com a primeira parte do comando nas mãos do também reeleito Laerte Gomes (o campeão de votos no Estado, para a ALE) e o próprio Redano. Claro que as pedras ainda estão se ajustando, até porque a eleição recém terminou, mas as conversas já estão andando... 

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