Parlamentar fez a declaração em entrevista à TV Câmara
Apesar dos avanços no tratamento da doenças, o tratamento de pacientes com câncer requer cada vez mais o aprimoramento das técnicas e a inclusão de novos métodos, para assegurar mais eficácia e melhor qualidade de vida aos acometidos por essa grave enfermidade.
Em recente entrevista à TV Câmara, no programa Palavra Aberta, a deputada federal Sílvia Cristina (PL), manifestou a sua defesa para que novas tecnologias de tratamento possam ser incorporadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), visando melhores resultados ao paciente com câncer.
"Temos acompanhado a evolução do tratamento do câncer e sabemos que novas tecnologias, novos medicamentos e métodos estão sendo desenvolvidos, e defendemos que sejam incorporados no atendimento oferecido pelo SUS, dando um suporte maior no enfrentamento a essa doença terrível", disse a deputada.
No programa, ela relatou o drama que viveu, aos 32 anos, quando foi acometida de câncer de mama. "A palavra câncer já assusta. Estava no meu auge profissional, tive que me afastar. Foi durante o tratamento que enxerguei a demanda por atendimento e a necessidade de investimentos para assegurar o acesso aos exames e todo o acompanhamento. Venci o câncer e desde então passei a atuar em defesa do tratamento dos pacientes".
Segundo a deputada, "tenho defendido o uso de tratamento avançado pelo SUS. Medicamentos e procedimentos inovadores devem ser ofertados a todos que são amparados pelo SUS. Hoje, demora-se anos para que sejam incorporados, ficando disponível apenas na rede privada, infelizmente. Isso precisa ser mais célere, pois a doença é implacável".
Indagada sobre a necessidade de criação de novos centros de tratamento, diagnóstico e de prevenção, ela observou que "a fila tá grande! Têm pessoas que ficam esperando muito tempo pra se tratar pelo SUS, sem condições de custear um atendimento na rede privada, que é quase sempre caríssimo, por isso é preciso ampliar a rede de tratamento. Estamos com um retardo de, pelo menos, 250 Cacons, que não estão funcionando. Hoje, o câncer é a segunda doença que mais mata, ficando atrás de problemas cardíacos. Mas, a estimativa é de que, em 2030 a 2050, já seja a doença que mais provoque mortes".
Ela ponderou ainda que "assim como foi feita uma força-tarefa para enfrentar a pandemia da covid-19, seria importante uma força-tarefa para combater o câncer, que é uma doença milenar, que atinge muitas pessoas e gera dor, sofrimento e mortes. Durante a covid, muitas pessoas deixaram de fazer os preventivos de câncer de mama e de colo uterino, o que gerou muitos novos pacientes".
Sílvia Cristina disse que "o que me trouxe para a política foi a necessidade de tratamento do câncer. No meu mandato, a luta do câncer não é só minha. São mais de 200 deputados que integram a Frente Parlamentar de Luta Contra o Câncer, que eu presido. Estamos sempre provocando discussões acerca da importância do combate a essa doença".
Ela alertou que a genética influencia no risco de contrair a doença, mas é preciso praticar hábitos saudáveis como praticar atividades físicas e ter uma alimentação equilibrada e viver feliz com a família e os amigos.
A íntegra da entrevista pode ser assistida no link https://youtu.be/rXhPF_RrM_k